E, naquele dia ensolarado, ia ser realizado o teste definitivo para dizer qual seria a melhor polícia do planeta. Os finalistas eram o FBI, a Scotland Yard e a GNR lusitana.
O teste consistiria do seguinte: um coelho seria solto na floresta. Cada polícia, usando os seus melhores métodos e pessoal, teria que achá-lo e trazê-lo de volta. Quem fizesse isso no menor espaço de tempo, seria o vencedor.
Soltaram o coelho; por sorteio, o FBI foi designado para tentar primeiro.
Usando fotos de satélite, análise de DNA dos pelos encontrados, um cerco gigantesco à floresta, com dez helicópteros e cem agentes, o coelho foi capturado em 16 horas e 14 minutos.
Soltaram o coelho novamente e lá foi a Scotland Yard na sua vez. Usando analistas de comportamento, psicólogos, estudiosos da psique coelhística, mais um batalhão anti-bombas terroristas com óculos de visão nocturna, armaram uma cilada com uma coelha usando um passaporte irlandês falso e uma cenoura com sonífero. Capturaram o coelho em 14 horas, o que arrancou reacções de espanto da comissão julgadora.
Mais uma vez soltaram o coelho e a nossa valorosa GNR foi mostrar serviço.
Saíram no belo UMM; modelo 1974, com os guarda-lamas cheios de barro, 4 pneus carecas e um pedaço de fio a amarrar a tampa traseira (o fecho da tampa caiu em 1982), com 3 agentes com mais de meio corpo para fora das janelas do jipe, batendo nas portas com revólveres 38 numa mão e garrafas de cerveja Sagres na outra, em alta velocidade, pela floresta dentro.
Voltaram em 20 minutos, deixando atónitos os juízes, o FBI e a Scotland Yard.
Abriram a porta da lata velha e lá dentro estava um porco-espinho, cheio de hematomas, encolhido, que gritava:
EU SOU UM COELHO!!! EU SOU UM COELHO!!!