"Dia di Fumassa, dia do lua nova do mês do chuva deste ano.
Meus quirido Bastião
Sou eu qui ti estar a escrever. Eu num querer te dizer tua pai moreu, porqui meu pessoa não querer dar desgosto, mas morer moreu mesmo; palavra di honra.
No nossa tera estar passando coisa isquisito, carcura qui pessoa qui nunca ter morido, estar morer agora!
Muer de ti Paurino já pario, minino, mas ti paurino estar esconfiado num ser dele porqui ti paurino ter perna de pau e minino nascer cos dois perna mesmo verdadeiro.
Fanico querer casar com Mariquita, mas os pai num deixa porqui ele afinar ser pirimo; e pirimo cos pirimo num pode casar porqui sair filho narfabeto!
Filho di pai Zuão ter engulido quinhento iscudo; já cagou Quatrocentos iscudo, inda farta cem. Os brancos estar fazer rua nova, ter passeio dum lado; ter passeio do outro e os rua passar mesmo nos meio. Branco ter esperto nos cabeça. Escurpa as carigrafias mas eu estar rouco e os palavran um sair bem. Escurpa eu num mandar os mil iscudo, mas quando mi lembrei já tinha os carta fichada. Escurpa eu num por ponto nos fim mas os tinta já acabou."