O cão da velhota morrera calmamente deitado no chão da sala. Como era hábito que o cão por vezes se fingisse de morto, ela não ligou.
No entanto, passaram-se três dias e o cão não se mexia. Começando a ficar preocupada, a velhota levou o cão ao veterinário que o observou e, ao fim de alguns minutos saiu da sala de consultas. Regressa pouco depois com uma gaiola com um gato, que coloca ao pé do cão e abre. O gato sai da gaiola, dá lentamente três voltas ao cão e volta a entrar.
O veterinário, sai da sala outra vez levando a gaiola com o gato, regressando daí a pouco.
– Minha senhora, tenho imensa pena mas o seu cão está realmente morto. São doze contos e quinhentos.
– Doze contos e quinhentos!? Mas de quê?! – Exclama a velhota.
– Bem, são quinhentos escudos pela consulta, e doze contos pelo exame complementar de diagnóstico feito pelo gato.