Era uma vez um casal que tinha um puto muito novo. Viviam numa casa à beira da floresta. Todos os dias o marido saía para o trabalho e a mulher ficava em casa com o catraio. Havia também um amante, que ia quase todos os dias lá a casa. Como o miúdo era muito pequeno, quando o amante chegava, a mãe metia-o no guarda-fato.
Um dia, estavam a mulher e o amante na cama quando chegou o marido. Com a pressa, a mulher meteu o amante no guarda-fato, onde já estava o filho.
– Olá – disse o miúdo.
– Olá – disse o amante.
– Está escuro aqui, não está?
– Sim, realmente está.
– Sabes o que tenho aqui?
– Não, não sei, o que é?
– É uma bola de ténis…
– Giro…
– Queres comprar?
– Não, não quero…
– Bem, acho que tenho de falar com o meu pai…
– Sim, compro-te isso, OK? Quanto é? – disse o amante aflito.
– Cem euros.
– Porra!
– Ó paiiiiiiii!
– Toma lá cem euros.
Dias depois, repetiu-se a mesma cena: o marido chegou mais cedo a casa e a mulher mandou o amante para o armário.
– Olá – disse o miúdo.
– Olá – disse o amante.
– Está escuro aqui, não está?
-Sim, realmente está…
– Sabes o que tenho aqui?
– Não, nem quero saber…
– É uma raquete de ténis.
– Giro… pois….
– Queres comprar?
– Não, não quero… que chato…
– Bem, acho que tenho de falar com o meu pai…
– Sim, compro-te isso, OK! Quanto é? – disse logo amante.
– Quinhentos euros.
– Deixa lá isso…
– Paiiiii…
– Toma lá os quinhentos euros e cala-te.
No sábado, muito cedo, o pai foi acordar o filho e disse:
– Vamos ao clube desportivo, seu preguiçoso? Tens aulas de ténis hoje…
– Não posso, pai! Vendi a bola de ténis e a raquete, tudo por seiscentos euros.
– Filho! Enganaste os teus colegas! Não sabes que isso é imoral? Que isso não se deve fazer? Vou mas é levar-te à igreja para falares com o padre. Vamos embora.
Foram os dois à igreja. Ao chegar, o pai levou logo o filho ao confessionário. O padre aproximou-se:
– Bem-vindo, meu filho, conta-me os teus pecados, conta o que fizeste de mal…
– Está escuro aqui, não está?
– #%Q*#! Não vais começar com essas merdas outra vez, pois não?