O jovem médico, recém-formado, montou um consultório modesto e, enquanto esperava a clientela, ficou a imaginar uma maneira de promover-se. Quando, afinal, apareceu o primeiro cliente, ele já estava preparado. Assumiu um ar ocupadíssimo, fez sinal para que o visitante aguardasse um momento e fingiu que estava a responder a um telefonema urgente:
– Sinto muito, governador, mas é impossível. Amanhã cedo tenho que dar uma aula de cirurgia cardiaca a uma nova equipa do hospital, à tarde dou aulas na faculdade e à noite estou a embarcar para um congresso em Nova York. Desculpe, governador, aguarde um momento por favor – e, voltando-se para o visitante, pergunta:
– Em que posso servi-lo?
– O senhor se me dá licença, eu vim instalar o telefone.