Aquando da sua ida ao Brasil, no aeroporto o Manel, pergunta ao seu compadre Zé se queria que lhe trouxesse alguma lembrança, ao que o compadre Zé responde afirmativamente, pedindo-lhe que lhe trouxesse um papagaio, pois vivia só e assim já teria alguém com quem falar…
Passados alguns dias, ao chegar ao aeroporto da Portela em Lisboa, o Manel vinha com a estranha sensação de que se tinha esquecido de alguma coisa. Pensou, pensou, até que se lembrou do papagaio para o seu compadre Zé. Tentando resolver a situação, dirige-se à loja de animais do aeroporto e diz ao empregado que quer comprar um papagaio. Ao que este, desfazendo-se em mil desculpas lhe diz não ter nenhum papagaio, a única ave disponivel na loja era uma coruja…
Depois de meditar um pouco, o compadre Manel resolveu comprar a coruja, pensando que o seu compadre nem notaria a diferença…
Ao chegar à sua Terra vai logo levar a ave ao seu compadre ao que este agradece muito e logo se pôe a tentar ensinar o pássaro a falar…
Passados alguns dias voltam a encontrar-se no café da aldeia e o compadre Manel pergunta ao compadre Zé:
– Então compadre o pássaro já diz alguma coisa?
Ao que este responde:
– Nã qual quê!? O bicho, falar ainda não fala, mas tá sempre com muita atenção!